O fim da Engenharia EAD: medida técnica ou reação de mercado?
Em abril de 2025, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o fim dos cursos de engenharia 100% a distância. A medida vale para todos os ramos da engenharia e visa, segundo o MEC e entidades como o Confea/Crea, preservar a qualidade da formação prática dos profissionais.
Porém, ao contrário do que se afirma, não é o ensino a distância que fragiliza o aprendizado, é o método ruim, seja ele presencial ou digital.
Na prática, a maior parte das instituições de ensino falhou em entregar um EAD de qualidade. Gravam conteúdos de forma arcaica, sem roteiro, sem cortes, sem interatividade. Aulas entediantes com slides ou câmeras fixas. Nesse cenário, o problema nunca foi o “formato online”. Foi a falta de estrutura, competência e técnica pedagógica para ensinar de forma moderna.
O método ruim forma maus profissionais, seja online ou presencial
Há uma ilusão comum no discurso de quem defende o fim do EAD: a ideia de que o ensino presencial, por si só, garante mais aprendizado. Isso é falso. Todo engenheiro já passou por uma disciplina presencial mal ministrada, com conteúdo repetitivo, professor ausente e pouca aplicação prática.
Da mesma forma, uma aula online gravada com roteiro claro, edição precisa, simulações visuais, transições inteligentes e narrativa lógica tem potencial de aprendizado muito superior, inclusive na retenção de conhecimento e na objetividade da explicação.
Quem sabe ensinar, sabe ensinar em qualquer lugar. Mas quem domina ferramentas digitais pode ensinar mil vezes melhor, porque:
- reduz redundâncias;
- mostra visualmente o que está explicando;
- adapta a velocidade de aprendizado ao aluno;
- permite replay e revisão;
- entrega mais conteúdo em menos tempo.
Quando a coisa aperta, o aluno corre para onde? Para o YouTube
É simples observar esse comportamento: alunos que têm dificuldades no curso presencial ou EAD tradicional recorrem, invariavelmente, a tutoriais e videoaulas no YouTube. Por quê?
Porque no YouTube o conteúdo é direto, prático, resolutivo. Porque quem ensina bem ali tem que prender a atenção em poucos segundos, e isso exige técnica: de câmera, de edição, de didática.
Na hora da prova, na hora da entrevista, o que importa não é o formato da aula é se o aluno entendeu, memorizou e consegue aplicar o conhecimento.
E o mais irônico: a maioria dos conteúdos que de fato resolvem o problema dos estudantes não é presencial. É digital.
O novo profissional será nativo digital e você vai competir com ele
O profissional nascido em 2010 cresceu cercado por telas, Wi-Fi, tutoriais, vídeos curtos, interfaces intuitivas e jogos interativos. Em 2025, ele tem 15 anos. Em menos de cinco anos, estará no mercado de trabalho e não chegará apenas com juventude, mas com habilidades moldadas pelo digital desde a infância.
Esse novo profissional não precisa de quadro negro para entender conceitos. Ele assiste a um vídeo, pausa, aplica, acelera, revisa. Aprende sozinho, com autonomia, no tempo dele. Enquanto isso, muitos ainda defendem o presencial como a única forma “verdadeira” de aprender, por apego emocional, não por resultado real.
Acreditar que o antigo é melhor só porque foi assim com você é o mesmo tipo de pensamento que impede inovação. É como resistir ao CAD porque sabe desenhar à mão. Isso não é tradição, é atraso.
Você não está competindo com seus colegas de graduação.
Está competindo com quem nasceu 15 anos depois de você e foi treinado para aprender e resolver tudo por telas.
O maior erro que um engenheiro pode cometer hoje é pensar com a cabeça de ontem. O mercado não vai esperar você se adaptar. Ele vai simplesmente substituí-lo por alguém mais rápido, mais flexível e mais apto a aprender sozinho.
E o mais importante: não é o EAD que garante isso é o método certo, aplicado do jeito certo. Um curso presencial mal conduzido é tão ineficiente quanto um EAD ruim. A diferença é que o ensino online de qualidade pode ser revisado, pausado, acelerado e adaptado. O presencial não.
Portanto, se você ainda acredita que “presencial é melhor só por ser presencial”, você já está perdendo a corrida. E nem percebeu.
Aulas práticas exigem laboratórios, o restante não
Claro, há disciplinas em engenharia que exigem prática real: soldagem, ensaio de materiais, metrologia, uso de ferramentas. Essas devem, sim, ser feitas presencialmente.
Mas e as outras?
- Projeto estrutural com CYPE 3D, TEKLA ou Robot? Pode ser feito 100% digital.
- Modelagem 3D no SolidWorks? Totalmente online.
- Cálculo de engenharia de qualquer disciplina? Online.
- Estudos de caso com simulação? Online.
Não faz sentido deslocar um aluno para o campus para ver uma apresentação de slides com fórmulas já conhecidas. Isso é desperdício de tempo e dinheiro.
O que forma um bom engenheiro: resultado, não presença física
Empresas contratam por competência, não por presença em sala. O que interessa é a capacidade de projetar, simular, calcular e apresentar soluções técnicas.
E aqui entra um ponto crucial: a velocidade e clareza com que a informação é transmitida importa mais do que o local onde ela é transmitida.
Na Benzor Engenharia, por exemplo, unimos profundidade técnica com qualidade audiovisual. Cada aula é pensada como uma engenharia da comunicação:
- roteiros pedagógicos otimizados;
- edição precisa para atenção plena;
- interfaces visuais e simulações reais;
- foco total na aplicabilidade profissional.
Somos mais do que professores. Somos engenheiros que sabem ensinar com métodos modernos. Transformamos complexidade em clareza.
Conclusão: o ensino não pode parar no passado
O fim dos cursos 100% EAD na engenharia pode parecer, à primeira vista, uma decisão que eleva a qualidade. Mas na prática, é apenas um reflexo da incapacidade de muitas instituições acompanharem a evolução do ensino.
O ensino a distância não é o problema. O problema é o ensino ruim, que pode ocorrer tanto no digital quanto no presencial.
O verdadeiro avanço da engenharia no Brasil não virá do retorno ao modelo tradicional. Virá da profissionalização do ensino técnico. Com estrutura, didática, e uso inteligente da tecnologia. Isso é o que a Benzor defende.
A nova era da engenharia exige mais do que diploma. Exige preparo real.
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