Análise de Estruturas: Método dos Elementos Finitos
Uma estrutura refere-se a um sistema de peças conectadas usadas para suportar uma carga. Exemplos importantes relacionados à engenharia civil incluem edifícios, pontes e torres, bem como estruturas de navios e aeronaves, tanques, vasos de pressão, sistemas mecânicos e estruturas de suporte elétrico.
Uma vez que um projeto preliminar de uma estrutura é proposto, a estrutura deve então ser analisada para garantir que ela tenha rigidez e resistência necessárias. Para analisar adequadamente uma estrutura, certas idealizações devem ser feitas quanto à forma como os componentes são suportados e conectados.
As cargas são determinadas a partir de códigos e especificações locais, e as forças nos membros e seus deslocamentos são encontradas usando a teoria da análise estrutural. Os resultados dessa análise podem, então, ser usados para redesenhar a estrutura, representando uma determinação mais precisa do peso dos membros e de seu tamanho.
Dentre os principais estresses aos quais uma estrutura é submetida são os vibracionais e térmicos.
Estresse vibracional
Durante a vibração, uma estrutura é submetida a forças diferentes. Cada força exerce uma influência diferente no processo de vibração de acordo com a sua natureza. Todas as forças podem ser divididas nos seguintes grupos: forças perturbadoras, forças posicionais (restauradoras), forças de resistência e forças do caráter misto:
- As forças perturbadoras podem ser dos seguintes tipos:
(a) As cargas de impacto (impulsivas) são produzidas pela queda de pesos ou pela colisão de corpos. Cargas impulsivas são caracterizadas por uma ação de duração muito curta e dependem das propriedades elásticas da estrutura, a qual é submetida a tais cargas.
(b) As cargas móveis atuam nas estruturas através de rodas de um trem ou caminhão em movimento. A vibração decorrente de irregularidades do trilhos e rodovias são transmitidos à estruturas de pontes e edificações próximas.
(c) As cargas sísmicas surgem devido a terremotos. A razão da carga sísmica na estrutura é a aceleração dos suportes causada pela aceleração do solo. A aceleração dos suportes leva à aceleração das partes separadas da estrutura e, como resultado, as forças inerciais atuam nessas partes. A interferência que abalos sísmicos tem na estrutura dependem da intensidade e duração do abalo, da distribuição da massa sobre os membros da estrutura e de suas propriedades elásticas.
- As forças de restauração dependem do deslocamento da estrutura. Surgem devido ao desvio do sistema de uma posição de equilíbrio estática e tendem a retornar à sua posição inicial.
- As forças de resistência inelástica (forças de atrito ou amortecimento) dependem da velocidade do movimento e sempre atuam na direção oposta da velocidade. Essas forças são resultado de atrito interno no material de uma estrutura e/ou nas conexões de um sistema.
Cada uma das forças pode ser expressa em uma frequência uniforme (A) ou variável (B e C).
Estresse térmico
Estruturas são expostas a cargas térmicas, seja através da aplicabilidade do projeto (fornos) ou como consequência de condições inevitáveis, altas temperaturas do dia ou incêndio. Independente do caso, tais cargas condicionam a estrutura a condição de operação mais crítica e devem ser consideradas no projeto da estrutura.
Há muitos fatores que afetam as variações de temperatura nos edifícios, como a mudança de temperatura do projeto e de construção, as quais são diferentes da temperatura máxima no verão ou a temperatura mínima no inverno. Outro fator é a seleção dos materiais de construção do edifício, aos quais possuem diferentes resistências térmicas. Além disso, as constantes que expressão a mudança de temperatura e gradiente de temperatura em materiais variam de um país para outro e há orientação limitada direcionada à edifícios comuns que consistem em vigas, lajes e colunas comparadas às superestruturas das pontes.
Se as deformações térmicas forem retidas em elementos de concreto armado, os códigos de projeto exigem que o efeito de temperatura seja considerado, embora em muitos casos seja dada uma orientação muito limitada sobre como isso pode ser alcançado. Estruturas de concreto exposto, tais como pontes e telhados continuamente perdem e ganham calor por radiação solar, convecção e remitir essa radiação para ambientes circundante. A análise do fluxo de calor em um corpo é geralmente um problema tridimensional, podendo ser suficiente tratá-la como problema unidimensional ou bidimensional.
As tensões térmicas podem ser substancialmente reduzidas e o risco de danos causados pela temperatura pode ser eliminado pelo fornecimento de juntas de expansão e reforço suficientemente bem distribuído. Como as junções de expansão têm muitos problemas, a maioria dos especialistas em projeto se interessa em como reduzir o uso de juntas de expansão em edifícios sem comprometimento com sua resiliência térmica. Isso significa que as tensões térmicas devem ser calculadas com precisão e os elementos estruturais são projetados para suportar as tensões dessas cargas térmicas.
Método de Elementos Finitos
Vários procedimentos analíticos foram propostos para a análise de tensões térmicas e vibracionais em ede estruturas de concreto armado e aço. Em geral, esses procedimentos tentam explicar a rigidez reduzida do membro ao determinar as distribuições de momento que surgem das deformações contidas dos quadros sob cargas de calor e massa. No entanto, esses métodos tendem a ser complicados e difíceis de serem implementados, enquanto outros recorrem à análise de seção única excessivamente simplista, ignorando a resposta estrutural geral e desconsiderando fatores importantes como resistência à tração do concreto, enrijecimento da tensão após a fissuração, ação mecânica simultânea, redistribuição de força, gradientes térmicos não lineares ou elementos não uniformemente fissurados.
Um dos métodos que tem ganhado maior espaço no ramo da engenharia é o de Elementos Finitos. Para resolver o problema de análise estrutural frente à estresses térmicos, massa e vibracionais, a corpo da estrutura (Figura A) é dividido em um sistema equivalente a unidades menores (elementos finitos) interconectados em pontos comuns a dois ou mais elementos (nós ou pontos nodais) e linhas de contorno (Figura B).
Gostou das nossas dicas? Então compartilhe este conteúdo nas redes sociais para que ele também possa ajudar os seus amigos!
Quer se tornar um especialista em análise estrutural?
Temos um curso especial para você! Matricule-se agora em nosso curso de “Elementos Finitos. Nele você aprenderá tudo sobre o Método dos Elementos Finitos aplicado à análise estrutural estática e sob condições de estresse térmico e de vibração. Clique aqui e veja mais sobre o mercado para o profissional dessa área.
Acesse o nosso site: https://benzor.com.br e qualifique-se agora mesmo!