Encontrar e manter bons engenheiros é um dos maiores desafios das empresas do setor.
Na Benzor Engenharia, costumamos dizer: não existe projeto excelente com time ruim.
Em nossos treinamentos e consultorias para líderes técnicos, quando perguntamos “quem aqui tem dificuldade para contratar engenheiros de alta performance?”, quase todas as mãos se levantam.
A verdade é que todo gestor de engenharia enfrenta o mesmo obstáculo: formar times que crescem junto com o negócio, mantendo padrão técnico, prazos e rentabilidade.
Neste artigo, compartilhamos lições de bastidor e aprendizados práticos sobre o que realmente diferencia quem contrata bem de quem está sempre tentando apagar incêndios técnicos.
Por que errar na contratação de engenheiros custa mais caro do que não contratar
Muitas empresas de engenharia já tratam o cálculo, o projeto e até as vendas como ciência.
Mas, quando o assunto é gente, ainda impera o achismo.
E o custo disso é altíssimo.
Contratar errado em engenharia significa prejuízo em cadeia:
- Salário e encargos de quem não entrega resultados técnicos.
- Tempo perdido com entrevistas e treinamentos improdutivos.
- Atrasos em obras, projetos e entregas críticas.
- Desengajamento de quem precisa refazer o trabalho dos outros.
A Amazon costuma dizer que contratar errado é mais caro do que errar no produto e isso se aplica ainda mais à engenharia, onde erros humanos podem significar retrabalhos milionários.
Recentemente, uma construtora parceira relatou um caso real: um engenheiro contratado sem o perfil certo atrasou o cronograma de uma obra em 4 meses, gerando custos extras de mobilização, retrabalho e multa contratual.
No fim, o prejuízo ultrapassou o valor anual do próprio contrato.
É um exemplo claro de como decisões sobre pessoas são, na prática, decisões financeiras.
O ciclo completo de gestão de pessoas na engenharia
Ao longo de nossos projetos de estruturação de times técnicos, desenvolvemos um modelo de 9 etapas que ajuda empresas de engenharia a contratar e desenvolver profissionais de forma previsível.
Chamamos esse processo de Ciclo de Gestão Técnica.
- Atração: defina o tipo de engenheiro que você precisa técnico, prático ou gestor e como quer ser visto no mercado.
- Seleção: avalie não só competência técnica, mas fit com o estilo de trabalho e cultura de obra ou projeto.
- Onboarding: acelere a integração com processos, softwares e padrões da empresa.
- Performance: meça entregas reais, não apenas horas trabalhadas.
- Engajamento: mantenha o propósito vivo, por que esse engenheiro está aqui?
- Desenvolvimento: ofereça trilhas de evolução com clareza técnica e oportunidades reais.
- Carreira e sucessão: antecipe quem pode liderar equipes ou assumir obras estratégicas.
- Recompensa: valorize com base em entregas, não em tempo de casa.
- Desligamento: mantenha coerência e respeito; a forma de saída também define sua cultura.
Muitos gestores ainda medem o sucesso do RH técnico apenas pelo tempo de fechamento da vaga.
Mas as métricas que realmente importam são:
tempo de ramp-up, turnover voluntário, desempenho pós-onboarding e NPS do gestor.
Empresas que dominam essas métricas têm previsibilidade de entrega e reduzem drasticamente custos de retrabalho.
O papel do líder técnico muda conforme a empresa cresce
Um dos erros mais comuns é manter o mesmo modelo de liderança independentemente do porte da empresa.
Na engenharia, o papel do líder precisa mudar conforme o time e os contratos evoluem:
- 0 → 1: o gestor precisa ser centralizador, técnico e operacional.
- 1 → 10: começa a delegar tarefas e padronizar processos.
- 10 → 50: precisa formar novos líderes e estruturar áreas.
- 50 → 150: desenha cultura, rituais de controle e alinhamento estratégico.
O que trava o crescimento da maioria das empresas de engenharia não é falta de projeto ou cliente, e sim não ajustar a liderança à nova fase.
Muitos líderes sabem o que precisa ser feito, mas evitam agir por “covardia moral” o medo de demitir um profissional que não entrega, de cobrar performance ou de dizer “não” a quem está desalinhado.
Na prática, essa hesitação custa caro: o técnico errado continua no time, a equipe desmotiva e a performance do negócio cai.
Cultura de engenharia: o que você tolera é o que define seu padrão
Cultura não é o que está no site institucional.
É o que o dono e os gestores toleram e recompensam todos os dias.
Empresas de engenharia com cultura forte têm alguns traços em comum:
- Cumprem prazos e cobram resultado técnico.
- Líderes praticam o que pregam no campo e no escritório.
- Contratam pessoas que combinam com o ritmo da operação.
Não existe cultura certa ou errada.
Existe cultura coerente e autêntica e ela sempre começa pelo exemplo.
Se a liderança ignora atrasos, aceita erros sem correção ou recompensa mediocridade, essa passa a ser a cultura real da empresa.
Como identificar bons líderes na engenharia
Na Benzor, quando apoiamos empresas no processo de contratação de coordenadores e gerentes de engenharia, usamos três critérios que nunca falham:
- Autoconhecimento: líderes que conhecem seus pontos cegos tomam decisões técnicas mais seguras.
- Humildade: quem diz “nós” em vez de “eu” constrói times sólidos.
- Disciplina: rotina e previsibilidade de entregas são o alicerce da liderança técnica.
Uma das perguntas mais reveladoras em uma entrevista é:
“Quando alguém não gosta de trabalhar com você, geralmente é por quê?”
Essa resposta expõe o nível de autoconhecimento e o estilo de liderança que você está prestes a colocar dentro da sua operação.
Empresas que medem comportamento técnico e cultural, e não apenas currículo, reduzem drasticamente o risco de contratar alguém que não se encaixa.
Onde a maioria das empresas de engenharia ainda falha: o onboarding
Contratar certo é só o começo.
A verdadeira eficiência está em fazer o engenheiro performar rápido.
Um onboarding técnico eficaz precisa incluir:
- Imersão cultural e técnica no primeiro dia.
- Expectativas claras de entregas e indicadores.
- Checkpoints semanais e revisão de desempenho nos primeiros 90 dias.
As empresas mais maduras já estruturam planos de onboarding com manuais técnicos, vídeos de processo e tutoriais de software e projeto (CYPE, Revit, SolidWorks, Plant 3D, etc.).
Isso acelera o aprendizado e reduz o tempo até a produtividade plena.
Quando o engenheiro entende rapidamente os padrões da empresa, o risco de erro cai e o valor gerado sobe.
Dados e IA: o novo diferencial no recrutamento técnico
A inteligência artificial já está revolucionando o recrutamento de engenheiros.
Hoje, é possível gravar entrevistas, gerar relatórios automáticos de competências e avaliar gaps técnicos com precisão.
Na Benzor, usamos IA para identificar padrões de desempenho e prever quais perfis se adaptam melhor a cada tipo de projeto estrutural, mecânico, elétrico ou civil.
Essas ferramentas aumentam a eficiência do processo e reduzem o viés humano, permitindo que o recrutador foque no que realmente importa: fit técnico e comportamental.
O futuro das contratações na engenharia é mais humano e mais analítico ao mesmo tempo.
E quem dominar esse equilíbrio vai contratar melhor, mais rápido e com menos risco.
Por que gente é o maior investimento do seu negócio de engenharia
Errar em pessoas custa caro e, na engenharia, custa tempo, cultura e credibilidade técnica.
Trate gente como ciência, não como sorte.
Invista em processos previsíveis, em líderes que carregam a cultura e em ferramentas que elevem o padrão.
Uma contratação feita com método é o primeiro passo para um projeto entregue com excelência.
E o contrário também é verdadeiro: um erro na contratação pode comprometer toda a cadeia produtiva.
Se quiser aprofundar como aplicar esse ciclo de contratação técnica na sua empresa, entre em contato com a Benzor Engenharia.
Transformar pessoas em vantagem competitiva é o que diferencia empresas que crescem das que apenas sobrevivem.
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